COVID-19: Os efeitos da degradação ambiental na pandemia

A degradação ambiental pode incentivar e modificar doenças, além de acelerar processos evolutivos e facilitar a disseminação do vírus

A pandemia decorrente do novo coronavírus é um retrato da degradação ambiental pela atividade humana, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o PNUMA. Não é a primeira vez que um vírus é transmitido de animais para seres humanos, a exemplo de casos como o ebola, a gripe aviária, o zika vírus, entre outros. O aumento desse acontecimento está relacionado com a degradação de habitats selvagens e, de acordo com cientistas, isso pode incentivar e modificar doenças, além de acelerar processos evolutivos e facilitar a disseminação do vírus.

O coronavírus é considerado um vírus zoonótico, o que quer dizer que é transmitido de animais para pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que os morcegos sejam provavelmente os transmissores da COVID-19. A China, que tem a cultura de comercializar e consumir animais silvestres, teve essa prática proibida na tentativa de diminuir o contágio.

As zoonoses colocam em risco o desenvolvimento econômico, o bem-estar humano e animal e a integridade dos ecossistemas, segundo o relatório “Fronteiras 2016 sobre questões emergentes de preocupação ambiental” do PNUMA. Portanto, para impedir o surgimento delas, é de extrema importância identificar as várias ameaças aos ecossistemas e à vida selvagem. Entre essas ameaças podemos destacar algumas, por exemplo: o comércio ilegal, a poluição, o crescimento de espécies invasoras e as mudanças climáticas.

De qualquer modo, como recomendado pelo Ministério da Saúde, é importante que as pessoas, principalmente aquelas que se enquadram nos grupos de risco, como idosos acima de 60 anos, pessoas com doenças pré-existentes ou em tratamentos oncológicos, permaneçam em isolamento social, lavem bem as

mãos e cubram a boca com o antebraço em caso de tosse ou espirro. Sinais como febre e dificuldade para respirar devem ser observados e nos casos mais sérios, a pessoa deve se dirigir para a unidade de saúde mais próxima e procurar por auxílio médico.

O escritório Almeida & Santaroza adotou o trabalho remoto como parte do movimento para conter a propagação do vírus. Enfatizamos a importância da permanência do isolamento social para todo o país, para que seja possível a erradicação dessa pandemia o mais rápido possível.