Recifes Artificiais: o que são e por que ameaçam o meio ambiente?

Recifes Artificiais: o que são e por que ameaçam o meio ambiente?

Ambientalistas afirmam que a criação desses recifes oferece riscos e por isso precisa ser analisada criteriosamente.

Para realizar o Plano Nacional de Recifes Artificiais, que prevê a criação de 128 deles, o Ministério do Meio Ambiente perguntou ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) quais seriam os riscos e os impactos ambientais deste plano. Em resposta, a Coordenação de Ações para Conservação de Espécies do ICMBio alertou que os pontos solicitados atingem diretamente três unidades de conservação federais: o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE), a Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha (PE) e a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, que abrangem a área de Maragogi (AL) e São Miguel dos Milagres (AL).
Essa iniciativa chamou a atenção dos ambientalistas, que alertaram para os riscos que esta ação representa. Em alguns locais, os recifes artificiais podem acarretar na migração dos peixes e prejudicar o sustento de pescadores artesanais que dependem deles. Há também o risco de materiais poluentes prejudicarem os ecossistemas marinhos, como é o caso do combustível, por exemplo. Ambientalistas afirmam que a criação desses recifes oferece riscos e por isso precisa ser analisada criteriosamente, pois espécies invasoras podem ser altamente nocivas, ou até fatais, às espécies locais. Como é o caso do Coral Sol, espécie invasora já registrada em inúmeros locais com recifes artificiais.
O Ibama definiu em 2009 as regras para instalação de recifes artificiais no país. Com o auxílio de especialistas, a instrução normativa determinou cuidados para prevenir alterações duradouras ou permanentes nos ecossistemas.

No início do mês de março, em uma viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro encontrou o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado, e do secretário da pesca, Jorge Seif Júnior. Segundo o presidente da Embratur, a criação dos recifes artificiais será realizada em locais que não tenham vida marinha, apenas areia e que a Marinha localizou 100 pontos, entre o litoral de Santa Catarina e Fortaleza. E agora, os órgãos ambientes – ICMBio, Ibama e órgãos ambientais estaduais – serão ouvidos.
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